Marketing

MUPIS digitais provam que a publicidade tradicional pode evoluir

mupis digitais - comprar cartazes

Nesta categoria sobre Publicidade e Marketing já tive a oportunidade de vos falar das muitas formas que a tecnologia revolucionou a publicidade. A mais óbvia e clara, que continua hoje a ser explorada de forma significativa, corresponde à publicidade digital. As empresas estão a focar cada vez mais os seus orçamentos em publicidade no Google Ads e nos sistemas de publicidade das redes sociais.

No entanto, ao contrário do que muitos pensam, a publicidade tradicional não está necessariamente morta. Sim, é verdade que a concorrência publicitária é hoje muito maior. Mas recorrendo aos velhos ensinamentos que Darwin nos deu sobre a evolução das espécies, não poderá a publicidade tradicional encontrar um novo lugar nesta realidade que é tão digital? Não havér uma forma de se adaptar e, assim, sobreviver?

Na minha opinião, a resposta é a esta pergunta é a seguinte: sim, a publicidade tradicional pode adaptar-se ao digital. Ainda assim, adaptação exige inovação e, acima de tudo, criatividade.

Mas como é que a publicidade tradicional, especialmente aquela que existe em suporte físico, se pode adaptar? Neste artigo volto-me para um formato muito específico da publicidade tradicional e com o qual trabalho na Sydra: o Cartaz para MUPI.

Mupis Digitais: bons exemplos de evolução

Basta irmos até ao centro da cidade ou até mesmo a um centro comercial para encontrarmos MUPIs digitais. Adaptando a estrutura do MUPI que nos é tão conhecida, surgiram alguns MUPIs – especialmente os da marca Tomi – que nos permitem interagir com o conteúdo publicitário e até mesmo obter informação mais concreta e detalhada sobre ele. A premissa é simples: o MUPI digital integra a regra básica que o digital alterou: a comunicação com a audiência deixa de ser unilateral.

No entanto, muitas marcas têm explorado os MUPIs para se ativarem junto das audiências, trabalhando nelas emoções e sentimentos que um MUPI normal e estático nunca seria capaz de despertar.

Um exemplo que considero ser muito bem conseguido diz respeito à McDonalds. Em 2015, durante uma vaga de calor, um MUPI em Amesterdão começou a chamar a atenção de todos aqueles que por ele passavam. O motivo de tanto alarido? A estrutura era bastante simples, contendo no seu interior copos de gelados da McDonalds, vazios e prontos a estrear. Junto à estrutura, encontra-se um termómetro e uma mensagem: no momento em que for atingida uma certa temperatura, o MUPI abre-se e as pessoas podem recolher um copo e ir ao McDonalds receber um gelado grátis.

Esta forma impressionante de usar um MUPI prova não ser apenas útil para o consumidor, mas que o MUPI pode de facto ser adaptado e usado para comunicar de forma divertida.

O outro exemplo que tenho para lhe trazer foi promovido pela Mattel e teve lugar num centro comercial e não na rua. Imagine agora que está a fazer calmamente as suas compras e que, de repente, ouve alguém a chamá-lo. À medida que olha em volta, vê que quem o está a chamar é nada mais, nada menos, que uma pessoa dentro de um mupi, interagindo consigo em tempo real.

A partir daí, inicia-se um tradicional jogo de Pictionary que reúne imensas pessoas à volta, todas elas tentando perceber aquilo que a pessoa dentro do MUPI está a tentar desenhar.

É importante perceber que este tipo de iniciativas e MUPIs não estão, por mero acaso, associadas a marcas que investem milhões em publicidade todos os anos. Esta estratégia, que é capaz de gerar resultados e de os propagar, exige investimento e, como disse acima, criatividade.

Não obstante, o meu objetivo com este artigo era dar aos meus leitores um breve “gosto” daquilo que ainda pode ser feito com MUPIs e de que o digital, mesmo que esteja a dominar o mercado publicitário a cada dia, nunca irá substituir certos aspetos do físico.