História da Publicidade: a transição da publicidade para Internet

Este é o segundo artigo de uma série de artigos que percorre a história da publicidade. Anteriormente, se bem se recorda, analisamos os dias em que a publicidade chegou à televisão e começou a adquirir os moldes pela qual é hoje conhecida. Por essa altura, o produto era a peça central de qualquer anúncio publicitário.

Todavia, essa foi uma estratégia que se começou a moldar com o passar do tempo e que, décadas mais tarde, ganhou contornos completamente diferente. O produto perde o seu lugar em primeiro plano e é substituído por uma outra estratégia.

A entrada do digital no mercado apanhou os negócios de rompante. Embora os grandes negócios, compostos por multinacionais com grandes capitais, se tenham introduzido neste mercado com mais facilidade, a realidade digital rápido permitiu que pequenas e médias empresas tivessem também o espaço que lhes era merecido. Hoje, a publicidade faz-se no Google, nas redes sociais e até mesmo em blogs, lado a lado com os meios tradicionais que abordamos anteriormente.

Porém, todo este processo encontra-se ainda associado a perspetivas que se alteraram de forma drástica no mundo da publicidade online.

Dito isto, ao longo dos próximos parágrafos volto a percorrer consigo a história da publicidade.

A publicidade para Internet e o foco no problema, não no produto

Os dias em que o produto era a peça chave de um anúncio estão há muito ultrapassados. Em vez da típica mentalidade de venda, os anúncios começaram-se a focar na construção de comunidades e no reconhecimento da marca.

A solução para o problema do consumidor passa a ser o principal foco da publicidade, como forma de dar provas de que o produto o consegue resolver. Vamos dar um exemplo que não é muito diferente dos anúncios liderados por personagens do passado. O anúncio Dairy Milk Gorilla, em 2007, não mostra nem menciona a Cadbury – a empresa que deveria anunciar.

Desastre de anúncio? Não, longe disso.

O gorila (que deu uma coça sonora a Phil Collins na popular música In the Air Tonight) fez com que as línguas se mexessem. O gorila, mesmo que não pareça, é sobre as pessoas que consomem a marca. Esta não foi uma tentativa descarada de atrapalhar o sucesso das barras de chocolate Cadbury. Em vez disso, foi um movimento estratégico para aumentar a consciencialização sobre a Cadbury e solidificá-la como uma marca fixe e a consumir, já que todos estavam a falar dela.

Esta foi uma forma inesperada de se usar o meio digital para fazer publicidade, sendo provavelmente um dos casos mais emblemáticos da viralização online.

A natureza simples do anúncio encaixa-se perfeitamente nas típicas paródias, uma das principais maneiras que os espectadores podem interagir com uma marca – quase como um diálogo de ida e volta. Até à data, existem mais de 300 paródias no mundo da publicidade.

Um outro exemplo de boas práticas de publicidade para Internet é dado pelos anúncios da “Fix in Six”, da Lowe’s, que não passa de vídeos filmados através da agora extinta aplicação Vine. Os vídeos foram um sucesso tremendo porque, pela sua simplicidade e curta duração, mostravam soluções em seis segundos ou menos para problemas concretos – não só divertidos de assistir, mas também interativos.

Esta ideia de enfatizar uma solução para os problemas do consumidor, em vez de dar o foco ao produto, está a tornar-se cada vez mais comum. As marcas têm que trabalhar duas vezes mais para ganhar a confiança dos consumidores no mundo da internet de modo a que a publicidade forneça conteúdo útil capaz de solucionar um problema e para que os consumidores fiquem suficientemente mais interessados para aprofundarem a sua curiosidade e, eventualmente, converterem o interesse em compra.

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